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Fina d'Armada

Sinopse

O LIVRO FEMINISTA DE 1715
O Primeiro Grito Revolucionário


De Fina d’Armada, Evolua Edições

Na Torre do Tombo, existe um livro publicado em 1715, intitulado “Bondade das Mulheres Vendicada [reivindicada] e Malícia dos Homens manifesta”. Assina Paula da Graça, que se presume ser um pseudónimo de alguém importante, talvez do círculo da rainha, esposa de D. João V. Comparando com outros livros publicados no estrangeiro, constata-se que este será o primeiro livro europeu, quiçá mundial, de reivindicações feministas. O que significa que também, nesta área, Portugal foi pioneiro. E foi escrito em verso, característica portuguesa.

Fina d’Armada faz uma análise apurada deste livro, em busca da autora, que se diz “procuradora das mulheres” e surpreende-se com a mensagem. É que, 300 anos depois, ainda não foram resolvidas questões que Paula da Graça aponta – igualdade entre homens e mulheres, equivalentes empregos, culpabilização da mulher na Bíblia, não divulgação dos feitos das heroínas, desigualdade na distribuição da riqueza do reino. Mas, sobretudo, a tirania no casamento levando à violência doméstica.

O mais interessante é que a autora de 1715 usa dados falsos, ocultos e errados, para conseguir vencer a censura do tempo e fazer chegar a sua mensagem ao futuro.

Curriculum

Fina d’Armada é natural do Alto Minho, a 7ª filha dum casal de agricultores.

Começou a investigar a História das Mulheres após a licenciatura em História pela Universidade do Porto, 1970.

É autora de cerca de mil artigos na imprensa periódica, tendo publicado o primeiro artigo feminista em 14.02.1972 no “Jornal de Notícias”, Porto.

Em 1977, foi equiparada a bolseira pelo Instituto Nacional de Investigação Científica para escrever a Mulher Portuguesa na Primeira República, obra que não concluiu por ter ingressado nuns arquivos interditos.

É autora de 7 obras individuais e 29 em co-autoria, quatro destas traduzidas. Mestre em “Estudos sobre as Mulheres” pela Univ. Aberta, Lisboa.

A sua obra Mulheres Navegantes no Tempo de Vasco da Gama foi galardoada com o prémio “Mulher Investigação Carolina Michäelis de Vasconcelos, 2005”.