O templo de S. Martinho de Tibães ao mostrar aos visitantes toda a monumentalidade da sua grandiosa construção – na ostentação dourada de seus retábulos, desde o altar-mor aos das capelas de todos os santos –, exalta nossos navegantes, aventureiros e cruzados, que desde o séc. XI se penitenciaram pela resgatada alma de pecadores na conquista e evangelização dos infiéis, mas também na exploração do vil metal, primeiramente em África e depois, a partir do século XVII, no Brasil.
Do maneirismo ao barroco e deste ao rococó está lá tudo, numa sumptuosidade que nos verga na contemplação e nos estimula a memória... Mais terráqueo foi, sem dúvida, o saciar do apetite em frugal almoço numa “Abadia”, nada que se parecesse com as daqueles outros tempos. Entrados depois em plena Bracara Augusta, radiante de sol e de gente que se passeava pelas Arcadas da Praça, chegámos para a visita à Casa Museu António Augusto Nogueira da Silva (1901-1976). Aqui impressionaram-nos os doados riquíssimos acervos em exposição “para o enriquecimento da cidade”, onde também se conta “a realização de obras patrimoniais e de âmbito social, como o bairro Nogueira da Silva e sua escola; a conclusão do templo dos Congregado; o legado da Casa da Sorte aos funcionários [fundada 1933, em Braga e com sucursais por todo o pais e no ex-ultramar]; o contributo para a Universidade Católica e esta Casa Museu, que doou à Universidade do Minho.” Passeamos ainda no recortado e maneirinho “jardim do Éden”, onde mitólogos e filósofos gregos nos olhavam como parceiros da desgraça. A última visita deu-se ao museu Pio XII, onde explicitamente a exposição do pintor Henrique Medina pontificou. |