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A ÁFRICA DELE, A DO GUALBERTO BOA-MORTE

Publicado a 24/11/2015, 13:34 por CCAM   [ atualizado a 24/11/2015, 13:35 ]
FOTOGRAFAR. Fotografar sempre e sempre como uma pulsão primária. Fotografar como quem respira. Fotografar as gentes, os rostos, as coisas, os usos, os costumes. Fotografar como uma outra forma de estar na vida, uma necessidade de expressão cultural e emotiva. Fotografar para deixar registado o instante efémero e quantas vezes trivial que o artista torna eterno. Como um poeta, sim, como um poeta que universaliza uma emoção e que tem a ver com nós todos. Uma emoção estética, também, única e irrepetível.
O Gualberto é isto, sempre foi isto, e isto irá continuar a ser. Fotografa quem quer que seja, o que quer que seja, sem preconceitos, sem ideais pré-concebidas. Se muitas vezes fotografa para denunciar, quase sempre fá-lo também e muito principalmente porque ama. Ele sabe do enquadramento, da luz, do zoom, do perfil. Ele sabe do objecto e da objectiva, do momento, do impulso, do que vale a pena. Fotografa hoje para ficar para sempre.
É esta sensação estética e emotiva que me ficou ao contemplar os retratos/documentos que constituem a exposição “ÁFRICA MINHA – por entre lundas e quiocos”, uma iniciativa do Centro Cultural do Alto Minho em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo.  
As fotografias tiradas nos anos sessenta revelam, para lá do registo documental étnico de dois povos tribais do norte de Angola, a curiosidade sem preconceitos do fotógrafo que se assume como aprendiz curioso e incansável de antropólogo. Um aprendiz que hoje sabe como um mestre e é como um mestre que há quarenta anos regista o quotidiano de uma cidade que é sua e que muito lhe quer.
Fotografar hoje e sempre, Gualberto. Como quem respira. Como quem vive e não desiste.
A exposição está patente na Galeria da Santa Casa da Misericórdia. Abriu no sábado passado, dia 14. Encerra a 29 de Novembro. Quem gosta de fotografia, quem gosta de África, quem gosta de arte e ama a cultura em geral está obrigado a visitá-la.
Orlando Ferreira Barros




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