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OS EXTREMISMOS E A INTEGRAÇÃO DEBATERAM-SE NA ESTG

Publicado a 09/05/2015, 09:46 por CCAM   [ atualizado a 09/05/2015, 09:46 ]


Ana Paula Brandão e Carlos Sampaio foram os conferencistas. E ambos demonstraram estar suficientemente preparados para debater esta questão deveras complexa com que o mundo se debate e em relação à qual nenhum país está imune.

Ana Paula Brandão, professora doutorada da Universidade do Minho e coordenadora do doutoramento em Relações Internacionais, bem como consultora de organizações internacionais sobre matérias de terrorismo universal, fez uma abordagem das diversas formas de terrorismo e sobre o seu funcionamento: em grupos, com redes mais ou menos amplas e internacionalizadas, ou de forma mais individualizada, estruturadas em pequenas células, por vezes a funcionar individualmente, os denominados “Lobos Solitários”. De reter a afirmação reiterada de Ana Brandão, de que hoje o mundo é bem mais perigoso e está muito mais exposto ao terrorismo do que estava no tempo da guerra fria. Para a comunicadora ainda há muito a fazer no domínio da coordenação entre as nações que se preocupam de facto com o terrorismo, hoje um verdadeiro flagelo nos mais diversos domínios e um factor de forte instabilidade no mundo.

Carlos Sampaio, Engenheiro, com trabalho regular no Norte d´Africa, conduziu mais a sua intervenção para as chamadas primaveras árabes, as razões da sua origem e as consequências das mesmas, e para o islamismo. Numa comunicação de grande objectividade e fluidez, sempre acompanhada por dados em profusão, fez uma abordagem sobre as perturbações e alterações que vêem acontecendo no mundo árabe e como estas são influenciadas em grande parte pelos países ricos do Médio Oriente, predominantemente pelo Qatar e pela Arábia Saudita. Falou sobre a génese do Islão e as suas principais correntes xiita e sunita, integração e multiculturalismo e os desafios do Islão na nossa sociedade.

Para quem esteve presente e se preocupa seriamente com a desarticulação das sociedades em particular e do mundo em geral, como consequência do terrorismo e dos extremismos, só pode ficar com a sensação de que o tema merece muitos e profundos debates. O CCAM colaborou na organização deste evento.

GFM