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Rodapé Cultural
E AS TOURADAS? BOM...
![]() [O sniper saiu para a rua. Morava nos limites da cidade e a zona do inimigo situava-se a cinco quilómetros, distância que ele percorria em duas penadas. Gostava de fazer a operação sozinho, sem outros snipers a acompanhá-lo, muitos deles sem a qualidade, concentração e responsabilidade que se exige a um bom sniper. O dia finalmente rompeu em toda a sua luz. Já aninhado atrás de uns esteios sem préstimo o sniper aguardou, silencioso e concentrado. E quando dois vultos fugazes surgiram no horizonte, disparou, de respiração suspensa. Duas rolas, puras, naturais e simples, tombaram no chão, ainda a viverem os últimos segundos da sua agonia. E as touradas? Bom...] |
A CULTURA DO AMBIENTE O FUTURO DO MUNDO EM QUESTÃO
![]() “É através do princípio da Pegada Ecológica que podemos constatar que Portugal, na sua modéstia, já consome hoje quase o dobro do que deveria consumir, tendo em conta as capacidades e os recursos do planeta que habitamos. E os Estados Unidos da América, por exemplo, gastam o quádruplo do que razoavelmente deviam gastar. Para diminuir a Pegada Ecológica é obrigatório adoptar comportamentos mais amigos do ambiente, que facilitem a redução da quantidade de recursos necessários às nossas actividades diárias, directa ou indirectamente. Não é necessário partir para comportamentos austeros. Trata-se apenas de aprofundar algumas práticas de vida que, em boa medida, já hoje adoptamos no nosso dia-a-dia” |
TRIBOS DO SUBDESENVOLVIMENTO
![]() [Um português minimamente informado e consciente sabe que quintas, quintinhas, capelas e capelinhas são uma triste realidade em muitíssimas organizações e um dos maiores entraves ao desenvolvimento. Até que ponto lojas maçónicas e organizações católicas, se bem que com matrizes antagónicas, funcionam (realço a forma interrogativa) como “sindicatos de interesses”? Acabar com a cultura das quintinhas é fundamental para o desenvolvimento do país e o primeiro passo é diagnosticar e tentar medir. Se o método usado não foi o ideal, discuta-se outro. Enterrar a cabeça na areia ou fazer de virgem ofendida não convence, nem ajuda …] |
CULTURA E DESENVOLVIMENTO
![]() “A cultura abre espaços, janelas e olhares sobre o passado, presente e futuro. Atua sobre o tempo e a sua história e por outro lado desenvolve a relação dos seres humanos com o mundo de uma forma que os situa na dúvida, lhes retira certezas sobre um mundo de interpretação limitada e abre reconhecimentos de não estarmos, nós, sozinhos no mundo. Pelo menos esta vertente de encarar um mundo de potencialidades, crenças, comportamentos e ângulos diversos pode ser a semente de qualquer evolução e desenvolvimento. Retirar do passado ensinamentos sistematizados e de, com eles e outros, construir um mundo novo, torna-se assim o papel de cada nova geração (não necessariamente homens jovens). A escola transmite saberes, mas porque os saberes se encontram em demasia padronizados, nem sempre transmite cultura no sentido mais amplo do termo. Seguramente transmite pensamentos, comportamentos, raízes e sobretudo certezas do que está certo e errado. Mas é justamente sobre isto que o homem culto intervém, não tanto no acentuar de um olhar único sobre o mundo, emoções e vivências, mas antes sobre esta capacidade de se questionar, que todo o ser humano tem, sem atribuir notas de sabedoria ao melhor aluno” |
LER É UMA SECA (?)
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SONO DE DEUS
![]() “A Esperança só aparecia quando alguém a invocava para influenciar o Acaso. Sem prazos para responder às solicitações que predominantemente lhe surgiam de um pequeníssimo ponto da Via Láctea a que chamavam Terra, decidiu ali montar duas delegações para gerir aqueles seres erectos chamados Homens, que arengavam ter sido feitos à imagem e semelhança de Deus. Uma para as coisas terrenas e outra para as confabulações sobre uma vida para além daquela que estava a ser vivida, para acalmar os desafortunados com irrealidades de aquém e além-túmulo. Cedo aí surgiu quem se apercebeu que o sucesso poderia advir só da distracção dos aflitos das suas aflições, passando a bombardeá-los com quimeras que lhes dariam acesso a uma vida infinita de prazeres suaves a troco de uma Fé cega, enquanto ameaçavam a restante humanidade com uma morte eterna de inimaginável sadismo” |
GESTÃO CULTURAL AO SERVIÇO DO ASSOCIATIVISMO CULTURAL -DESAFIO ACEITE
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TEORIA DA INCERTEZA
![]() O campo é vasto de exemplos negativos, insucessos e frustrações. Ou seja, não se conhecendo e respeitando em profundidade as variadas bases e campos sociais do sistema educativo (as condições sociais dos alunos, a qualificação dos docentes, os atributos endógenos das diferentes regiões do país, a valia dos equipamentos educativos, a idiossincrasia da comunidade local, etc., - só para citar alguns dos elementos determinantes), não é possível garantir o resultado final! Apenas é possível prever que algo aconteça! E as reformas de modelo único, talhadas para vestir um país inteiro, diversificado e heterogéneo, esgotam-se rapidamente na arrogância do poder e na avidez das “contra-reformas”… Sinal trágico de um país ainda à procura da identidade. E também da sapiência que falta na governação e no sistema. O conhecimento e cautela do “PRINCÍPIO DA INCERTEZA” pelos doutos ministros da nossa educação conduziriam a melhores resultados. Assim o penso. |
MEDICINA E ARTE: RELAÇÕES IMPROVÁVEIS?
![]() “Se pode o cientista ser um humanista, sempre esteve fora de questão. Aliás, originalmente, a Medicina Ocidental era uma ciência de essência humanista. As suas raízes assentavam no solo da filosofia e seu sistema teórico provinha de uma visão holística que entendia o homem como ser dotado de corpo e espírito.Com o avançar dos séculos, a medicina foi deixando de se apoiar nas ciências humanas para se sustentar essencialmente nas ciências exatas e biológicas. Mas, por mais que a ciência avance o médico nunca deixará de ser, em primeiro lugar, um ser humano. Nessa sua condição de Homem, também o médico sente a necessidade de expressar as impressões que capta através dos sentidos” |
MUSEU VIVO DO LINHO: do sonho à realidade?
![]() “Trabalhos do linho, paradigmas do linho, tormentos do linho, tudo isto tentando descrever com frases mais ou menos feitas, a dureza com que os agricultores se deparam no cultivo de tão nobre planta. Pela dureza do trabalho e a pouca rentabilidade económica alguns se foram distanciando do cultivo e manuseamento de todo o trabalho que o mesmo acarreta no dia-a-dia das pessoas. Resultado é o já esperado - a quase extinção do cultivo desta nobre planta. Muitas casas mantêm ainda os utensílios necessários ao seu cultivo e ao seu trabalhoso manuseamento até chegar ao tear, também ele descansando tristonho nas teias do tempo, pela falta de uso e quase desaparecimento das tecedeiras” |
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