![]() [São as “coisas da Irene”. Poesia. Sonho. Emoções plenas de vida, que tanta falta nos fazem. E que ela compõe metodicamente reinventando significados e moldando novos sentidos a pequenas coisas. Feitas em barro, em madeira ou nos mais diversos materiais, como os cubos de plástico, embalagens comerciais que ajudaram uma multinacional a vender telemóveis durante uns tempos e que encontraram uma nova vida e liberdade para outros horizontes, pelas mãos dela. Porque os olhou de uma outra forma. Não me perguntem porquê, não sei explicar, mas sempre senti que os seus trabalhos procuram não ter nada a ver com o “estatuto de cima para baixo” que a Arte, no seu espaço de afirmação cultural perene, e no seu impulso de influência social reconhecida, dificilmente evita. Estou convencido de que é possível encontrar uma atitude em tudo o que faz que explica, de alguma forma, essa recusa] (Sobre os trabalhos de Irene Costa, do catálogo da exposição “ETC.” patente ao público na Galeria da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo) |