UM SENTIDO PARA A VIDA (OU, DA INCONVENIÊNCIA DE USAR ANÉIS LARGOS)

“O meu pai, que também tinha -salvaguardadas as distâncias- um bom sentido de humor, gostava de me adormecer, quando eu era miúdo, com pequenas anedotas. Em vez de anões mineiros, rainhas más com problemas de imagem ou gatos com botas, eu ouvia histórias de bêbados, malucos e idiotas, o que só me fez bem, pois passei a ver os contos infantis com outros olhos. Hoje, isto seria politicamente incorreto, claro, mas pelo menos eram historietas que não metiam porcos ou peixes sem escama, o que quer dizer que poderiam ser degustadas por todas as religiões”