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GÉNIOS E PEQUENAS HISTÓRIASGÉNIOS E PEQUENAS HISTÓRIAS

Publicado a 04/02/2016, 02:48 por CCAM   [ atualizado a 04/02/2016, 02:49 ]

[Na ordem das grandezas, nada se compara à Capela Sistina. Grande era a ambição dos papas que a construíram: Sisto IV, o homem da Bula Aeterni Regis, que deu a Portugal as terras descobertas na África, a sul das Canárias (mas que também cedeu à pressão do rei Fernando I de Aragão e lhe deu a maldita Inquisição); Júlio II, o papa do Tratado de Tordesilhas e ao qual foi mandada a mais exuberante e rica embaixada de D. Manuel I; e Clemente VII, o Medicis sobrinho de Lourenço ‘o Magnífico’. De estatura superior foram os artistas que nela trabalharam: Ghirlandaio, Rafael, Perugino, Botticelli, Michelangelo, etc.
Terminada de construir em 1481, foi coroada por Michelangelo, entre 1508 e 1512, em torrentes de génio, com audácia nunca antes tentada. O teto, a abobada celeste da arte, fala da criação, da cumplicidade entre o divino e o humano, das tragédias da culpa em paraísos e águas diluvianas, e do conflito entre irmãos sempre desavindos. Para mais tarde, entre 1535 e 1541, ficou o Juízo Final, uma multidão em busca de destino eterno, náufragos da maldição ou da heroicidade de um gesto misericordioso]