![]() [A questão fundamental não é, então, o que se entende por património, mas a discussão das razões que governam a patrimonialização. Como se destaca um objeto ou um bem de outro? Quem tem autoridade, efetiva e simbólica, para legitimar esse destaque? Que leis governam a distinção entre o antigo e o velho? O ideal do estado moderno é assegurar para si o monopólio da memória. Passa pela redução da memória de tudo à memória escrita, conservada e autorizada. Do que se trata, então, é de escrever o texto do passado. Alimenta-se da ideia e da nostalgia de um mundo em desaparecimento, muito embora existam resistências a este monopólio] |