
O mais antigo projecto de romance de David Mourão-Ferreira, intitulado Há Dezenas de Caminhos…,(1*)
foi por ele iniciado em 12 de Junho de 1945. Os manuscritos, a que
farei referência, foram por mim encontrados no Espólio do escritor, sob
forma dispersa(2*), mas a sua identificação e reunião foi possível a partir dos títulos, ou de outras anotações autorais.
Nos
mais antigos apontamentos encontrados, datados de 12 e 13 de Junho
desse ano, o jovem David, que tem então 18 anos, delineia já, com
clareza, o que intitula como Linha geral do romance. Esta linha sofrerá muitas alterações, e acabará a transitar, em parte, para o projecto seguinte — Em Demanda do Graal(3*)—, cujo primeiro volume ostenta o vicentino título — Floresta de Enganos —, também ele inacabado.
David diz que não tenciona prender-se com “questões de técnica romanesca”.
Pensa, no entanto, dividir o romance em nove capítulos, de comprimento
variável. Identifica, seguidamente, o número e o título de cada um
deles:
- Um menino que não parece deste mundo...
- Infância cheia de sonhos.
- Desilusões.(4*)
- A vida e a Poesia são coisas muito diferentes…
- Carteira de Liceu e mesa de Café.
- É preciso fazer a Revolução!...
- Maria Beatriz.
- Passeio à beira do mar.
- Há dezenas de caminhos…
Diz-nos ainda que cada um destes capítulos dividir-se-á em várias
pequenas partes. No 1º cap. e no 2º, cada uma destas partes será um
quadro mais ou menos isolado, tendente a mostrar o meio em que Afonso
vive e a psicologia do pequeno. A estrutura romanesca começa, mais
propriamente, a partir do 3º capítulo. Muito curiosa é a anotação sobre a
construção das personagens, datada de 14 de Junho:
“Pretenderei fugir ao traço caricatural, baseando-me na análise
psicológica. Tentarei fazer o seguinte em várias personagens:
apresentá-las, segundo o conceito de um outro personagem — conceito esse
mais ou menos caricatural — e depois estabelecer a diferença entre esse
conceito de superfície e o que na realidade a personagem é.
Embora Afonso seja a principal personagem tentarei trazer as outras a uma mesma luz de análise psicológica.
Tentarei
adoptar para diferentes ambientes e situações, diferentes processos
descritivos, não me preocupando que o romance tenha um mesmo tom; pelo
contrário, preferirei que ele viva de contrastes.
Para
melhor compreensão de certas personagens, penso proceder da seguinte
maneira: apresentar certos documentos feitos por elas (cartas, poemas,
trechos de diário) e estabelecer o paralelo entre esses documentos e o
facto que eles reproduzem.”
Numa outra lista, sem data, mas cujos capítulos coincidem com o do manuscrito anteriormente citado(5*), temos anexa a lista de “Figuras”:
Afonso José Alves Sampaio, Maria Beatriz, Judy, Leonor, Manuel Lopes
José Henriques Bastos(6*), Júlio Pinto.
Com data de Junho de 1945, mas sem indicação do dia, temos outra lista
de “Personagens para o Romance”, complementar da anterior:
D.
Cacilda (visita da casa de Afonso); Augusta (criada em casa de Afonso);
O pianista Bernardo de Paiva (segundo David: caricatura de uma
conhecida personalidade da época: um artista precioso, fútil, boa pessoa
e com alguma inteligência); O Dr. Menendes(7*)
Zarco, o mais detalhadamente caracterizado como “O Mestre”, título de
um capítulo que surge numa nova orientação do romance, datada de 29 de
Julho:
«40 anos. Humanista. Médico sem exercer clínica. Vive só no Casal de Pinéus(8*),
perto de Setúbal. É amigo de Bernardo, em casa do qual conhece Afonso.
Convida Afonso a visitá-lo, Afonso vai ao Casal de Pinéus numa tarde de
Setembro.(Descrição do passeio e do panorama). Grande conversa sobre
Arte e sobre Vida. Zarco é um céptico e um cínico, mas, simultaneamente,
um lírico. Segundo ele confessa é um onanista psicológico e encontra-se
quase totalmente divorciado da vida.
À noite Zarco vai levar
Afonso, de automóvel, a Lisboa. Mas há uma “panne” e têm de ficar no
Casal de Pinéus. Durante a noite, Afonso ouve um ruído no quarto ao
lado, levanta-se, espreita pela fechadura e vê Zarco com a caseira da
quinta.(Descrição impressionista da cena: pedaços de diálogo, cortados
de quando em quando pela ventania que zune lá fora; atitudes
fantasticamente deformadas pela luz hesitante duma vela; sombras imensas
enegrecendo; às vezes, o ângulo de observação de Afonso).»
Acrescenta David em nota: “Esta figura de Menendes Zarco e esta cena são totalmente inventadas”.
É, com efeito, sobre esta personagem que se centra o capítulo
intitulado “O Mestre”, conforme nota expressa. Este capítulo foi
acrescentado à programação inicial, com o seguinte esquema:
«Afonso vai visitar o Dr. Menéndes Zarco ao seu “Casal de Pinéus”
próximo de Setúbal. Afonso parte de Lisboa pela manhã. Descrição da
viagem. Apeia-se em Setúbal. “Casal de Pinéus” fica numa colina a uns
três quilómetros da cidade. Afonso percorre esse caminho a pé e,
enquanto vai trepando, o panorama alarga-se, cada vez mais belo e mais
vasto.
Quando chega a “Casal de Pinéus” é hora do almoço.
Menéndes Zarco tem mais três visitas: Santos Cardoso, tipo desvairado,
usando um vocabulário requintado, recheado de imagens e de
imbecilidades; José Maria Porto — o Zèca Porto — desenhador, pintor,
figurinista…e horrivelmente efeminado; e Saraiva Pinto, borracho quase
profissional, amador tauromáquico, tipo de pelintra ribatejano com
pretensões de Marialva. O almoço decorre entre as frases feitas de
Santos Cardoso e os ditozinhos graciosos de Zèca Porto, os arrotos e
descrições tauromáquicas de Saraiva Pinto e o pasmo de Afonso».
Interessantes
são também os Mosaicos, identificados como palavras ditas por Menendes
Zarco, datados de 23 de Julho, onde transparece claramente a hesitação
do jovem David perante a que será a sua linha de pensamento artístico na
época:
“ Só é grande o artista que se confessa!”
“ Só é grande o artista que se não confessa!”
“ Só é grande o artista que exprime os problemas(9*) eternos!”
“ Só é grande o artista que exprime os problemas do seu tempo!”
Para quê tanta afirmação inútil e gratuita? Para quê tantos sistemas,
tantas teorias, tantas fórmulas dificilmente equilibradas sobre o oco
dessas(10*) afirmações? Não seria talvez melhor que fossemos um pouco mais modestos e disséssemos apenas:
“ Só é grande o artista que realmente é Artista!”…
Ah! Mas isso é(11*)
uma banalidade!...E, nesta terra, todos querem ser originais, ainda que
para isso seja necessário só dizer disparates. Disparates, sim! — mas,
ao menos, inéditos!...
Esta nossa portuguesíssima mania de ser original não tem dado, de resto(12*),
nenhuns frutos. A nossa Arte, a nossa literatura, o nosso pensamento
enfermam precisamente do defeito de serem bem pouco originais. E isto
tudo porquê? Talvez porque não somos aquilo que, tão à viva força,
queremos ser. Não somos originais? Não temos então personalidade,
autonomia psicológica?”Não, meus caros patriotas, não foi bem isso que
eu disse! Mas a verdade é que quando surge um indivíduo verdadeiramente
original todos lhe chamam logo estrangeirado… Conheço muita gente que
quer ser original. Mas — caso curioso!— quase todos pretendem uma
originalidade segundo um modelo consagrado. E põem-se, então, para aí, a
arquitectar dramas à Nietzsche, à Wilde, à Antero…
Alguns,
um pouco mais cultos, até explicam a sua originalidade, o seu caso
diferenciado, o seu drama, segundo as teorias de Freud ou doutro
qualquer psicólogo…”
Um ano depois, David encontra-se
a passar férias na zona da Foz do Arelho/ Caldas da Rainha e faz, pelo
menos, mais dois novos apontamentos para este romance, datados de 24 e
29 de Agosto. A acção situa-se agora, muito oportunamente, em Vila da
Praia e relata eventos relacionados com os dois meses de férias de
Afonso. O primeiro, escrito na Foz do Arelho, é um interessantíssimo
documento sobre o ciúme, invulgar num jovem de apenas dezoito anos. O
poder de provocar ciúme a Leonor interessa mais a Afonso do que a
“posse” de Judy:
Esquema para uma parte do romance (os dois meses de férias de Afonso):
«Em virtude das referências de Afonso a Vila da Praia, Judy resolve ir
passar um mês ao Hotel Club, cuja posição magnífica sobre o mar logo lhe
agrada. Afonso anda muito com ela e começa a estabelecer-se entre eles
uma intimidade, que ao mesmo tempo que dá prazer a Afonso o
descontenta, porque ele vê nessa intimidade um perigo para a realização
do amor com Judy, que é o que de facto lhe interessa. Sós, eles
percorrem as dunas, dão grandes passeios à beira do mar, escalam rochas,
descansam à sombra dos pinheiros, sobem aos pontos altos para ver o pôr
do sol, cruzam a lagoa em todos os sentidos num pequeno barco a remos.
E, durante todos estes passeios, apesar do contrário desejo de Afonso,
as conversas são demasiado abstractas e quando se referem ao amor,
fazem-no dum ponto de vista bastante impessoal.
Uma manhã,
quando Afonso entra em casa, ouve, na sala de visitas, um rumor de vozes
estranhas. Sem se importar em saber quem é, Afonso vai para o quarto
ler. Poucos minutos depois, entra D.Manuela, seguida de D. Emília e
Leonor. D. Manuela andava a mostrar a casa às outras duas, que tinham
chegado na véspera, à noite, e lhe tinham ido fazer uma visitinha…Afonso
fica bastante atrapalhado, não sabe o que dizer, mas nota no rosto de
Leonor uma hostilidade desconhecida. Leonor fixa com bastante atenção o
retrato de Maria Beatriz, colocado na mesa de cabeceira, mas não diz
nada. Contudo, o ar de hostilidade acentua-se. Então Afonso pensa que
ela sente ciúmes e, daí em diante, todo o seu desejo consiste em
provocar ciúmes a Leonor. À noite, na estrada, que era o “picadeiro da
terra”, entre a vila e a praia, Afonso anda ostensivamente com Judy, mal
fala a Leonor, e já pouco lhe interessa até possuir o corpo da
primeira. Quase lhe basta andar com ela, andar muito com ela, provocando
assim — supõe ele — os ciúmes da outra. Torna-se uma obsecação(13*)
isso de provocar ciúmes a Leonor.” Les émotions qu’une jeune fille…etc”.
Numa certa altura, começa a surgir entre os banhistas a
ideia de levarem à cena, num barracão, uma revista. Judy fará os
cenários; Afonso e Leonor serão uns dos intérpretes. Durante os ensaios,
enquanto Leonor tenta cantar uma canção ligeira, Afonso sente um amor
extraordinário por ela e, sentado num banco ao lado de Judy, aperta em
silêncio as mãos desta, julgando que tem nas suas as mãos de Leonor.
Este é o primeiro passo para uma intimidade diferente. Depois desta
noite, outras vezes as mãos deles se encontram; numa tarde de sol,
estendidos nas dunas, dão o primeiro beijo e depois outro, e outro, até
que uma manhã se possuem, numa praiazita afastada, para lá duns
rochedos. No momento de a possuir, Afonso reconhece, naquele corpo que
se entrega, qualquer coisa já vista—os dois estudos de nu de Eduardo
Barroso.
Depois, sucedem-se as entrevistas, ora no Hotel, altas horas da noite, ora nas dunas, ora nas praias distantes…» (Foz do Arelho, 24 de Agosto de 1946).
O segundo desses apontamentos revela-se interessante do ponto de vista
sociológico e afigura-se-me complementar de algumas descrições de Um Amor Feliz, sobre a Foz do Arelho dessa época:
«Entre os veraneantes de Vila da Praia, havia dois grupos quase
opostos — ou melhor: duas sociedades distintas. Uma era a sociedade da
povoação, constituída, na sua maioria, por aqueles que, todos os anos,
alugavam as casas da pobre gente da Vila da Praia: sociedade
essencialmente pequeno-burguesa. A outra, aristocrática ou com
pretensões à aristocracia, era a sociedade da praia, formada pelos
habitantes dos “chalets”e dos palacetes, que ficavam à beira da lagoa ou
à beira do Mar. Com esta última solidarizavam os hóspedes do Hotel
Club.
A diferença entre estas duas sociedades de Vila da
Praia ia ao ponto de cada uma realizar as suas festas, os seus bailes,
os seus pic-nics; e só muito raramente, por intermédio de alguns
elementos dum dos grupos, ligados a elementos do outro por questões de
amizade ou de namoros, é que as duas sociedades de Vila da Praia
confraternizavam no mesmo pic-nic, no mesmo baile na mesma festa. Mas
esses episódios de colaboração não tinham continuidade.» (Caldas, 29-8-1946).
Para termos uma noção de conjunto do projecto, transcrevo, seguidamente, o texto que David identificou como sendo a Linha geral do romance:
«Afonso José Sampaio encontra-se perante o problema de muitos
adolescentes: hesitação perante a vida, incapacidade de escolha dum
caminho. Os primeiros capítulos do livro (“Um menino que não parece
deste mundo”; “Infância cheia de sonhos”e “Desilusões”) deverão dar o
espectáculo duma infância mais ou menos desafogada, sob o ponto de vista
económico, mas toda ela percorrida por absorventes problemas de outra
ordem — religiosidade, espírito de aventura, temperamento sonhador,
incompreendido pelos outros, incapacidade de realização prática,
“consciência de que não é deste mundo”.
Chegado à idade em que a
vida se apresenta mais dura, mais crua, mais real
(Capítulos:”Desilusões” e “A Vida e a Poesia são coisas muito
diferentes…”), Afonso José sente com mais violência do que qualquer
outro rapaz da sua idade essa dureza, essa crueza, essa imprevista
realidade. Mas, apesar disso, não se dispõe a aceitar a vida tal como se
lhe apresenta. Quer ser fiel aos seus sonhos de menino e refugia-se no
convívio com raros amigos — que, afinal, o compreendem só em parte — e
dedica-se com interesse ao desenho, para que tem particular inclinação
desde a infância, e à poesia, género que lhe parece excelente
para”confessar” veladamente certas impressões, ideias, sensações.
Graças às opiniões favoráveis duns amigos e aos conselhos amigáveis
duns parentes, Afonso começa a sentir uns certos “fumos” de intelectual.
Conhece José Henriques, rapaz inteligente, original, que exerce sobre
ele uma extraordinária influência. Passa frequentemente a abandonar a
carteira do liceu pela mesa de café (Capítulo “ Carteira de Liceu e Mesa
de Café”). Reúne-se com um grupo de “jovens literatos”, mas chega à
conclusão que eles são tão cretinos como a maioria dos outros e no fundo
ou são uns habilidosos ou uns decalcadores (ex: Xavier Mateus, poeta
formalístico, clássico e oco; Silva Antunes, jovem com pretensões a
filósofo; Aníbal Marques, erudito, arqueólogo e espantosamente
estúpido,etc). No entanto reúne um grupo de amigos inteligentes e
dedicados—António Sales, Carlos de Figueiredo, Augusto Manuel de Melo.
Carlos de Figueiredo lembra aos amigos a fundação dum jornal. Carlos de
Figueiredo tem a mania dum jornal. Desde criança que(14*)
rabisca papéis a que põe títulos extravagantes e enche-os de aventuras
espantosas e crónicas não menos extravagantes e espantosas. Os amigos
ficam contentes com a ideia de C. de F., escrevem artigos, mas a verdade
é que o “Movimento” nunca chega a sair. Aníbal Marques lembra então que
se reúnam numa “Academiazinha do espírito, reduto ideológico onde se
possam discutir os problemas que encantam e atraem os nossos espíritos
moços e prometedores”. E o cenáculo faz-se. Um certo dia, Xavier Mateus
leva ao cenáculo dois amigos: Tomaz Serrano e Alberto Góes. T.S. e A.G.
são dois jovens revolucionários (Capítulo:”É preciso fazer a
revolução!...).Tanto um como outro pretendem tornar o cenáculo num
agrupamento político. Neste capítulo pretender-se-á vincar a diferença
entre as pessoas e as doutrinas que professam. Tomaz Serrano tem uma
irmã – Leonor—por quem Afonso se apaixona. É um amor todo intelectual,
habitando as altas regiões, e de tal forma irreal que Leonor só muito
mais tarde é que sabe da sua existência. Por sua vez Leonor tem uma
amiga – Judite, ou melhor: Judy—que é precisamente o contrário dela.
Afonso e Judy tornam-se dois grandes camaradas, andam sempre juntos,
discutem os mesmos problemas, interessam-se pelos mesmos assuntos. Judy é
desembaraçada, moderna, um pouco “cabeça no ar”: Leonor é, pelo
contrário, uma rapariga sossegada, um pouco romântica e particularmente
notável pela falta de vivacidade. Afonso sente por Judy uma estima sem
limites mas a pouco e pouco começa a desejá-la doutra forma; por Leonor
sente um amor estranho, distante, impossível.
Apesar de levar
uma vida bastante desregrada, Afonso consegue entrar na Faculdade de
Direito. É aí que encontra Maria Beatriz. (Capítulo: “Maria Beatriz”). A
princípio, uma simpatia forte, depois a pouco e pouco o amor. Amor sem
violências, nem com coisas impossíveis. Amor integral e verdadeiro.
Não obstante este amor, Afonso continua a andar com Judy. E, numa
tarde, numa praia, possui-a. Sabe depois que antes de ele a possuir já
António Sales a possuíra. Esquece Leonor. Maria Beatriz é o verdadeiro
amor.(Cap.”Passeio à beira do mar”)
Afonso perde o primeiro ano
de Direito. No dia em que é informado da reprovação encontra Leonor.
Excitado por vários factores, conta-lhe o amor que tivera por ela, mas
depois diz-lhe que namora Maria Beatriz. Leonor, um pouco decepcionada,
diz-lhe:” Há dezenas de raparigas…Você é dos tais que se prende a
muitas, ao mesmo tempo…” Afonso encontra nesta frase a melhor maneira de
comunicar ao pai a reprovação. E o romance termina com o que ele lhe
pensa dizer:
“ – Não se preocupe comigo, Pai. Há dezenas de
caminhos … Eu sei, Pai: tenho-me prendido a muitos, ao mesmo tempo. Mas
acabarei por escolher um. Não se preocupe comigo. Há dezenas de
caminhos…»(15*) (13 de Junho de 1945).
(1*) Expresso o meu agradecimento à Dr.ª Pilar Mourão-Ferreira pela autorização concedida para publicação destes textos.
(2*) Veja-se, sobre este assunto: TMM, «O Espólio de David Mourão-Ferreira: A Arquitectura do Labirinto» in Leituras-Revista da Biblioteca Nacional. Nº5, Outono de 1999: 33-41.
(3*) Ver também: «A Demanda do Graal» s/ass. do Autor[DMF] (b.d.) ilustrada por António Vaz Marques in Camarada: o melhor jornal de rapazes. Vários números, entre 12 de Fevereiro e 2 de Julho de 1949.
(4*) Numa outra lista já se encontra riscado.
(5*) Excepto no que se refere ao 3º capítulo “Desilusões”.
(6*) Riscado: Bastos.
(7*) Grafado, ora com acento, ora sem acento.
(8*) Grafado, ora sem aspas, ora entre aspas,
(9*) Riscado: verdades.
(10*) Riscado: de todas.
(11*) Riscado: apenas.
(12*) Risacado: afinal.
(13*) Sic.
(14*) Riscado: tem a mania de.
(15*) EDMF: Notas, esboços e planos.